Uma de suas facetas que muito me agrada trata do resgate cultural. Tradição desenvolvida no campo, chegou até as casas das cidades antigas e há 40 anos vem sumindo, substituído pelo forno a gás. Por sumir o forno, sumiu junto o conhecimento de como o forno é construído e como ele funciona. Por sorte, não entrou em extinção, pois muitos ainda o conhecem e o utilizam. Gosto de fazer o forno e dissipar seu conhecimento pelo fato de ser um produto extremamente honesto, ou seja, é barato para ser construído, é durável e funciona bem demais.
Forninho do Toninho e da Rosa sendo construído...
Forno pronto e recebendo a primeira "queima"... O modelo da foto acima é o mais simples e barato, feito com base em madeira e de diâmetro externo = 1,10m. Base 1,20x1,20m.
Devemos saber é que não adianta querer melhorar o desempenho utilizando-se de tijolos refratários, para esse caso, eles são muito mais caros e piores para o funcionamento. O motivo é que por não absorverem o calor, a energia da lenha é dissipara pela chaminé, por isso o refratário é bom para a churrasqueira, pois manda o calor par fora.
Outro item importante a saber é que os fornos pré-moldados feitos em cimento são ainda piores pois esse material tanto ganha quanto perde mais rápido o calor, desse modo ficando quente rápido, porém perdendo energia assim como a lenha vai se apagando.
Assim vemos que a qualidade do tijolo de barro em absorver o calor lentamente faz com que ele tenha bastante potência de funcionamento após ter sido aquecido mesmo quando as chamas vão se apagando. Além disso, entram vários outros fatores sutis em jogo, como a química neutra do tijolo de barro, em relação aos produtos industrializados através de processos químicos como o cimento.
Esse é o do João e da Le... Novinho, antes da primeira queima...
Por enquanto é isso. Abraços e boas fornadas...
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